Dezembro e suas passagens...



Fim de ano e essa sensação imposta de que agora tudo é um eterno feliz natal e que tudo dará certo ano que vem, esta história com meadros mercadológicos, me cansa sempre porque sou obrigada a parar tudo, pra cantar jingle bell!, mas vendo tudo com uma carga deliciosa de bom humor, quero na verdade divulgar um fato bem bacana no cenário do teatro brasileiro, que acredito que seja muito mais interessante do que "Hoje a festa é sua...":

recebi hoje o carinhoso convite do diretor Antonio Araújo, para o lançamento do seu livro "A Gênese do Vertigem" no dia 12 em São Paulo, quem já foi meu aluno ou trabalhou comigo e minha irmã Aline Oliveira, sabe bem que utilizamos e estudamos este livro no formato original da dissertação de mestrado do Tó, e agora podemos ter todo mundo em livro, um viva à memória e afirmação dos estudos de processos ...de criação de encenação e dramaturgia no país, imprescindível, essas continuidades de pesquisa.

Realease do livro:
A arte, pelo menos aquela que deixa um legado, tem seus fundamentos na linguagem, na comunicabilidade, na pertinência e na permanência, o que não quer dizer que, ao aparecer, obras relevantes sejam imediatamente reconhecidas. Muitas vezes são ignoradas ou desprezadas, e outras, polemizadas ou contestadas. De fato, contemporaneamente, constatar ou atribuir valor a uma obra tornou-se tarefa das mais espinhosas e difíceis, seja pela multiplicação de técnicas e modos de apresentação, seja pela complexidade da discussão, em termos acadêmicos, ou ainda pela intensa especulação de um mercado que parece agir e reagir aleatoriamente. A cena teatral brasileira, entretanto, tem demonstrado sua vitalidade e seu frescor, distinguindo-se particularmente no ambiente artístico nacional. O Teatro da Vertigem, nesse contexto, tornou-se um representante indiscutível desse vigor. Ao recusar uma liderança carismática e personalista e ao assumir o processo de criação como uma construção árdua e coletiva, de um lado, e ao incorporar o ambiente urbano, fazendo de edifícios e paisagens icônicas da cidade palco de seus espetáculos, de outro, o Teatro da Vertigem, agora comemorando vinte anos de estrada, renovou radicalmente a linguagem da arte, para além dos tablados e das fronteiras nacionais. Em A Gênese da Vertigem, que a editora Perspectiva publica em sua coleção Estudos, Antonio Araújo, diretor artístico e um dos idealizadores da companhia, relata o processo de criação de O Paraíso Perdido, espetáculo inaugural do repertório do grupo e encenado pela primeira vez em 1992, na igreja de Santa Ifigênia, em São Paulo, descortinando ao leitor de língua portuguesa o fascinante making of deste que hoje se reconhece ser um marco da cena contemporânea brasileira. Esse lançamento marca o início das comemorações de 20 anos do Teatro da Vertigem que ocorrerá em 2012.

Antonio Araújo é diretor artístico do Teatro da Vertigem e professor do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Acessem: Teatro da Vertigem

Ps: A vida em ribeirão continua me surpreendendo, samba, teatro, amizade e outras coisas, oh cidade maravilhosa... e por isso que acredito que as passagens maravilhosas da vida são cotidianas, escondidas na camada mais breve de nossa insana rotina.

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