narrativa da cena [blog da letícia andrade]

As irmãs Andrade, 2009 Tem gente que pra subir na vida rouba dos cofres públicos e acha que tudo bem, têm os que tem os amigos “certos” e está sempre nas rodinhas, dando sopa, engolindo sapo e até leões para se dá bem, tem os que já tem tudo e entram em depressão porque não sabem o que fazer com a vida que tem e inventam problemas para passar o tempo, tem os excêntricos que se auto promovem e se acham tão bons que convencem todo mundo, ainda há os que se casam com as pessoas que são convenientes para elas, já tem gente que teve sorte e há as pessoas normais que não devem nada a ninguém. Eu não tenho nada a ver com isso, porque todo mundo tem a vida que quer. Mas não eu acredito em passar por cima dos outros, em sorte ou corrupção. Eu acredito em trabalho, persistência, estudo. Eu acredito de onde eu vim. E pensar que a filha de uma garota que a parentada nunca deu nada (porque família para mim é outra coisa e eu só conto numa mão...) que se escondia debaixo da árvore para ler e

EM DEZEMBRO DE 2012, SERÁ REALIZADA A QUALIFICAÇÃO DE DOUTORADO DE LETÍCIA MENDES DE OLIVEIRA, CONHECIDA ARTISTICAMENTE COMO LETÍCIA ANDRADE, NA ESCOLA DE BELAS ARTES DA UFMG, COM O TÍTULO "DRAMATURGIA DO  ESPECTADOR: ESTUDO E REFLEXÃO DE ESTRATÉGIAS DE RECEPÇÃO TEATRAL EM ESPETÁCULOS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS", SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR LUIS OTÁVIO CARVALHO E A BANCA COMPOSTA PELO PROFESSOR ANTONIO HILDEBRANDO E SARA ROJO. RESUMO: Este trabalho busca desenvolver, de maneira virtual, o conceito de um espectador atuante, através da investigação de dramaturgias originais e contemporâneas e da especulação sobre estratégias coletivas de recepção, presentes em processos de criação de espetáculos brasileiros de grupos teatrais que pesquisam esses recursos a partir dos anos 2000. O objetivo, consequentemente, é destacar procedimentos recorrentes de inserção e interação dos espectadores com a cena e com a dramaturgia. Essa meta será realizada por meio da análise de espetác

- toma um café comigo? ele disse atordoado pela última palavra que salivava uma bofetada muda. - expresso, sem açúcar, não gosto de nada tão docinho, você bem deveria saber, desde daquele último sábado desalmado, ela não tinha entremeios no dizer, e era toda assim: espalmada... - pegunto se toma comigo? é tão difícil você chegar ao ponto? ela abaixa os olhos, ele toca as mãos dela, ela o olha, olho no olho: - cuidado você pode se queimar. texto do espetáculo Dá licença, se não eu grito, direção e dramaturgia minha, estreia em fevereiro de 2013, em Ribeirão Preto, com a Cia Boccaccione.