Pesquisa de Doutorado de Letícia Andrade (2010-2014)


TÍTULO: ESTAMOS TRABALHANDO PARA VOCÊ: o papel do espectador nos processos de criação de dramaturgias contemporâneas brasileiras.

BOLSA CAPES. Programa de Pós-Graduação em Artes, da Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Área de Estudo: Artes Cênicas. Linha de Pesquisa: Artes Cênicas: Teoria e Prática.

RESUMO: Esta pesquisa tem o objetivo de refletir sobre a hipótese de que o espectador é um elemento norteador na construção e recepção de espetáculos contemporâneos, que investigam espaços não-convencionais para sua realização, seja a partir de ensaio abertos, mostra de trabalhos em processos ou apresentações teatrais propriamente ditas na cidade de Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba no final dos anos 2000, que ainda estão sendo delimitados neste momento.

OBJETO DE ESTUDO:
Como uma forma de recorte e delimitação do objeto de estudo, abordarei essa pesquisa enfocando principalmente a construção da dramaturgia de alguns espetáculos brasileiros, datados sobretudo, a partir dos anos 2000. A partir de um levantamento que ainda está sendo neste momento realizado, pude eleger provisoriamente os seguintes espetáculos, que ainda não pude desenvolver análises mais detalhadas de seus elementos:

1. Hysteria, 2002, do Grupo XIX, de São Paulo, no qual desejo desenvolver a noção de espectador como confidente das lembranças das mulheres que narram suas histórias;
2. Medeiazonamorta, 2006, do Grupo Invertido, de Belo Horizonte, processo que também assumi a dramaturgia e criação textual, no qual desenvolverei os conceitos de contemplação das memórias de uma Medéia contemporânea e decadente. Neste trabalho, pesquisarei a ideia de participação como convidado em um grande casamento e ao mesmo tempo como testemunha de um assassinato;
3. Congresso Internacional do Medo, 2008, da Cia. Espanca!, de Belo Horizonte, no qual pretendo analisar o espectador como participante ou convidado para o universo ficcional de um congresso dentro de uma instância de teatralidade e não-teatralidade;
4. Estamos trabalhando para você, 2008, dos alunos formandos do Palácio das Artes, Belo Horizonte, processo que assumi a função como dramaturga e que desenvolveu a ideia do espectador enquanto um cliente ou usuário de uma grande empresa e do recurso do espectador-transeunte;
5. Vida, 2010, da Cia. Brasileira de Teatro, de Curitiba, no qual identifico os mecanismos de depoimento e interação íntima dos atores que propõem rupturas, distanciamentos, jogos de improvisação e meta-teatro no desenvolvimento da ação cênica. Também destaco neste trabalho um diálogo entre representação e não-representação;
6. OHamlet, da Artehúmus de São Paulo. (em observação)
Estou aberta às contribuições.

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